O promotor Mauro Faria de Lima, da Promotoria de Justiça Militar do Distrito Federal, vai apresentar denúncia nesta sexta-feira (17) contra os policiais militares acusados de agredir manifestantes que protestavam contra o governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), na praça do Buriti, no dia 9 de dezembro.
Segundo a assessoria de imprensa do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), o promotor ouviu na quarta-feira (16) três manifestantes agredidos e nesta quinta-feira ouviu os depoimentos dos comandantes da operação, o coronel Silva Filho e o chefe do Comando de Policiamento da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Fonseca.
No dia 9 de dezembro um grupo de manifestantes que pediam a saída de Arruda do governo por causa das denúncias do mensalão do DEM entrou em confronto com policiais militares. Cerca de 600 policiais do Bope, Cavalaria e Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas) foram mobilizados para conter os manifestantes estimados em duas mil pessoas.
Apesar da verdadeira guerra travada entre policiais e manifestantes, com gás de pimenta, bombas de efeito moral, cachorros e cavalos de um lado e paus e pedras do outro, o chefe da operação assegurou que ninguém precisou ser atendido em hospitais da capital.
Três pessoas foram presas. Duas por arremessar pedras em policiais e cavalos e um por desacato, desobediência e resistência.
No dia 27 de novembro a PF deflagrou um suposto esquema de pagamento de propina a políticos e empresários dentro do governo do DF. O esquema ficou conhecido como mensalão do DEM e inclui denuncias contra o governador Arruda, contra o vice-governado Paulo Octávio, além de deputados e secretários de governo.